A obesidade cresce cada vez mais entre gatos e cães e é resultado, principalmente, do desequilíbrio entre consumo e gasto energético do pet durante o seu dia a dia.
Nos últimos 10 anos, o atendimento clínico em pets acima do peso cresceu em 169% em gatos e 158% em cães em todo o mundo.
Quando acima de 20% do peso corporal ideal, o pet já pode ser considerado obeso. Assim como em humanos, a obesidade também é uma doença oficialmente reconhecida em pets.
Ela é o resultado do desequilíbrio entre a ingestão calórica e o requerimento energético para funções metabólicas, termorregulação e atividade.
Este quadro pode surgir a partir de três fatores:
1. Relacionado ao animal: a castração, por exemplo, induz a alterações hormonais imediatamente após a cirurgia que estimulam o apetite e aumentam a ingestão de alimentos, quando este é fornecido à vontade.
2. Relacionado ao ambiente: animais que não saem ao ar livre ou vivem em apartamento tem menor gasto energético e um risco maior de obesidade.
3. Relacionado ao tutor: ele pode associar o ato de dar carinho e atenção com alimentar o animal. A obesidade coloca em risco a longevidade e a qualidade de vida dos animais, uma vez que prejudica a função respiratória (principalmente nas raças braquicefálicas), sobrecarrega as articulações e ocasiona distúrbios metabólicos.
Além disso, a obesidade pode estar associada a enfermidades graves como diabete mellitus, pancreatite e outras. As consequências da obesidade em cães e gatos varia pouco. Em gatos, por exemplo, o risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2, secundário à obesidade é quatro vezes maior do que em cães. Já em cães observam-se doenças articulares com maior frequência.
Na fase de crescimento dos filhotes, o excesso de peso aumenta o risco de obesidade na idade adulta e, por isso, sua dieta deve ser sempre monitorada de perto.
COMO TRATAR A OBESIDADE EM GATOS E CÃES?
O diagnóstico da obesidade é clínico e baseado em observação do animal e no "Escore de Condição Corporal". Uma avaliação completa é necessária identificar outros problemas de saúde que acompanham o pet obeso. Após a confirmação do diagnóstico da doença, é preciso determinar o peso ideal e conceber uma estratégia realista de perda de peso.
Para uma perda de peso eficaz, a solução é trabalhar o gasto energético diário do animal e, principalmente, adotar uma dieta balanceada que supra as necessidades específicas como também ofereça a quantidade ideal de nutrientes, vitaminas, fibras, aminoácido e minerais para a manutenção do animal.
Em outras palavras, basicamente controle se o seu animal tem ingerido a quantidade de alimento recomendada. Se ele está ingerindo a quantidade correta, leve seu pet para um atendimento, pois algum outro problema de saúde pode estar causando o sobrepeso ou a obesidade.
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